Fui construído por mãos humanas,
frágeis, falhas e imperfeitas,
mas, o povo que em meus átrios se reúne,
são templos feitos pelas mãos divinas,
mãos fortes,
poderosas,
templos que se prostram,
ante Àquele que enche a terra
e enche os céus e,
enche a mim, com Sua Glória,
Magnífica Glória:
“O Deus dos deuses e Senhor dos senhores”.
Estou erguido como marco da história de um povo,
um povo que cresce,
um povo que crê,
um povo que tem fé,
um povo que não “é cauda, é cabeça”.
um povo santo, como é “Santo aquele que o chamou”,
um povo que não desanima nas horas das provas,
não desiste quando as portas se fecham,
porque crê num Deus, que é rico:
“é dono do ouro e da prata”.
Crê num Deus, que é poderoso,
“tem todo o poder no céu e na terra”;
Um povo que crê,
num Deus que realiza coisas impossíveis
em favor dos homens,
daqueles que temem o Seu nome,
“que está acima de todo nome”,
“fecha a boca dos leões”,
“muda o tempo e muda as horas”,
“a um abate a outro exalta”
“tem domínio sobre os reinos...”.
Um povo que crê,
num Deus que responde quando Seu povo clama,
pois é “misericordioso e compassivo”
“não nega bem nenhum aos seus servos”;
Um povo que não é comum,
é Igreja,
Igreja Santa,
adquirida por bom preço,
o Sangue de Jesus Cristo.
Sou o Templo...
Estou fincado sobre um alicerce
feito por mãos humanas,
concreto,
massa,
tijolos,
tudo isto,
mas,
o povo que em mim se abriga,
está alicerçado sobre a Rocha que é Cristo,
a “Rocha dos Séculos”,
“a pedra principal de esquina, rejeitada por muitos”,
mas, aceita por este povo,
como “Rocha que não se abala e, quem nEle crê não será confundido”.
Sou o Templo...
feito por mãos humanas,
mas, o povo que em meus átrios se reúne,
tem a vida, com abundância,
tem o louvor, que liberta,
tem a fé, que remove montanhas,
tem a alegria, que é a sua força,
tem a paz, que excede todo o entendimento,
tem a palavra, da vida eterna,
tem a graça que basta
tem socorro e fortaleza, nas tempestades,
tem a certeza da vitória,
porque, tem o “Deus que opera tudo em todos e, para Ele nada é impossível”;
Tem as marcas do Sangue do Cordeiro:
Jesus Cristo, O Único Caminho, Única Verdade, Única Vida.
Sou o Templo...
e levo ainda outros nomes:
- Igreja do Senhor;
- Casa de Deus;
- Casa de Oração;
- Tabernáculo do Deus Invisível;
- Morada de Deus,
- Casa do Senhor,
mas,
Sou o Templo...
Lugar de Adoração, Lugar de Culto,
Lugar de Salvação, Santuário de Deus e,
que muitos possam dizer de mim,
o que disse Davi:
- “Alegrei-me, quando me disseram, vamos à Casa do Senhor”.
E, hoje é dia de gratidão, é dia de júbilo,
para este povo,
a Igreja de Jesus Cristo,
é dia de cantar bem alto,
o hino da vitória;
é dia de dizer:
- Deus-Pai, Deus-Filho, Deus–Espírito Santo,
muito obrigado!
Mil vezes, muito obrigado!
É dia de levantar as mãos cansadas,
é dia de expressar ao povo desta cidade,
que minhas portas estão abertas para que venham
ouvir a mensagem que pode mudar suas vidas,
para que venham fazer parte deste povo,
que caminha rumo à Cidade Santa,
a Jerusalém Celestial,
onde os templos feitos pelas mãos divinas,
todos os homens e mulheres, salvos,
habitarão, para todo o sempre.
Este dia faz-me recordar os longos dez anos
que se passaram,
para que hoje eu pudesse estar assim:
- Belo, sobranceiro e jubiloso.
Faz-me recordar o início de tudo...
de cada pedra,
cada tijolos assentados,
de cada argamassa preparada,
cada um deles tem uma história para contar,
se pudessem...
mas,
está registrado na memória daqueles
que aqui trabalharam,
suaram,
não só a camisa,
calejaram suas mãos,
até choraram, dando tudo de si;
dos que na impossibilidade
de prestar o seu serviço, contribuíram;
e daqueles que nada tendo para ofertar,
dobraram os joelhos, oraram,
clamaram, ao Dono da obra,
para que enviasse o necessário
para que hoje pudessem testemunhar
da fidelidade do seu Deus.
Alguns destes, não estão mais aqui,
uns estão com o Senhor,
melhor que aqui, incomparavelmente;
ainda outros, dariam tudo para estar aqui,
mas não podem,
porque estão além-mares;
pois enquanto os recursos eram investidos
em minha construção
este povo não fechou os olhos,
viu a necessidade de outros povos,
que não conhecem a Deus nem a seu Filho Jesus;
Não tampou os ouvidos,
ouviu o clamor de Moçambique
e, lhe enviou dois valorosos jovens
para ali tornar conhecido
que só JESUS CRISTO SALVA!
Lembro-me ainda de cada reunião
em meu espaço inacabado,
da presença maciça dos fiéis
e das muitas glórias que subiam e desciam,
tendo por teto o céu e por testemunhas
a lua e milhares de estrelas.
Sou o Templo...
Resultado da visão de um Grande Homem de Deus,
que se pôs na brecha,
e deu tudo de si,
mesmo com suas forças já se esvaindo,
pelo peso dos anos,
não medindo esforços,
superou barreiras,
creu no impossível,
viu o invisível
e, quando tudo parecia perdido,
sua fé era maior que qualquer obstáculo,
transportava os montes que se punham à frente,
porque pelos olhos da fé,
podia ver-me hoje,
cheio de homens e mulheres louvando
e bendizendo ao Deus Todo Poderoso,
e via,
almas aos milhares, rendidas aos pés de Cristo,
confessando a Jesus como Senhor.
Sou o Templo...
feito pelas mãos humanas,
frágeis,
falhas e imperfeitas,
mas,
o povo que em meus átrios se reúne,
são templos feitos pelas mãos divinas,
mãos fortes e poderosas...
Sou o Templo...
Sou um milagre de Deus na história deste povo,
templos feitos pelas mãos divinas,
Benditas mãos divinas...
Nota:
Esta poesia Deus me deu em um culto de Santa Ceia, cerca de seis meses antes da inauguração do Templo Sede da Assembléia de Deus em Manacapuru-Amazonas, a qual tive a honra de declamar na sua inauguração, no dia 13/11/1997, o maior templo das Assembléias de Deus no Amazonas. No ano de 2000, por questões doutrinárias e heresias importadas – implantadas pela CEADAM (Visão Celular ou G-12) - a Igreja Assembléia de Deus em Manacapuru sofreu uma ruptura, sendo que, cerca de 95% de seus membros preferiram ficar com a sã doutrina e a tradição das Assembléias de Deus. Tal ruptura atingiu conseqüentemente todo o Estado do Amazonas, daí surgiu a Assembléia de Deus Tradcional. A CEADAM entrou na Justiça para reaver tudo que pertencia a Assembléia de Deus de Manacapuru (O Templo Sede e suas 19 Congregações), que nesse momento já adotava o nome de Igreja Evangélica Assembléia de Deus Tradicional, como pessoa jurídica de fato e de direito. No dia 11/11/2003, a Tropa de Choque da Policia Militar, Advogados, Oficiais de Justiça, Deputados e Vereadores pertencentes a CEADAM e simpatizantes, foram a Manacapuru para retirar os membros, congregados e amigos da Igreja que ocupavam /acampavam noTemplo Central. Foi algo assim inexplicável, foram dois dias de angústia e dor, para a maioria dos irmãos que ali suaram, sofreram, choraram, doaram dos seus parcos recursos para levantar aquele prédio, que para os incrédulos, seria o elefante branco da cidade de Manacapuru. Eles conseguiram, eles venceram, tomaram os templos. Em seguida invadiram a residência pastoral, e todos os pertences do Pastor e sua família foram jogados na rua, causando escândalo aos fieis e ao povo da cidade, tendo em vista que o mesmo desfrutava/desfruta de boa reputação na sociedade manacapuruense (Fernandinho Beira-Mar, um bandido de alta periculosidade, é mais bem tratado pelo sistema prisional do Brasil). Quantos cultos realizados naquele lugar, tendo o céu, a lua e as estrelas como cobertura! Quantas vezes em pleno culto de festa, o templo/construção todo ornamentado, se formava um tempo de chuva que nós amazonenses conhecemos bem, então o Pastor Jessé convocava a Igreja a orar, e Deus na sua fidelidade, bondade e misericórdia, ouvia o clamor da Sua Igreja e a chuva ia embora... foram dez anos de construção, dez anos de lutas, dez anos de muitas vitórias! A Igreja pagava o preço, havia oração todos os dias, no Salão Rosa, como era chamado o andar superior do Salão Menino Samuel, onde as crianças adoravam ao Senhor, antiga Congregação Canaã do bairro da Liberdade. Só a eternidade revelará o que estava/está por trás da visão que tantos males causou as Assembléias de Deus no Amazonas. Deus tenha misericórdia do Teu Povo, é a minha oração.
É hora de orar.
É hora de orar.