De: Florilégio Cristão
Mãos
de Cristo,
Mãos
divinas de Carpinteiro...
Não
imagino aquelas mãos
Forjando
lanças, forjando espadas
Nem
desenhando novo modelo de bombardeiro;
Aquelas
mãos, as mãos de Cristo,
Foram
as mãos de um Carpinteiro.
Mãos
de Cristo, calejadas,
Lavrando cunhas,
Fazendo
arados, lavrando a vida...
Não imagino aquelas mãos
Entretidas
entre canhões,
Entre explosivos e entre granadas;
Aquelas mãos
calejadas
Calejaram lavrando a vida.
Mãos
de Cristo,
Mãos
divinas de Carpinteiro...
Não imagino aquelas mãos
Brutalizando o
labor humano,
Mas forjando a criação;
Aquelas mãos, mãos de
obreiro
Edificando continuamente.
Entre
as mãos febricitantes
Que
fazem cruzadores e bombardeiros
Não
estão as suas!...
As
suas levam os sinais dos cravos,
Mãos
heróicas de sacrifício;
Aquelas mãos, mãos feridas,
Fortes
nervuras, mãos de aço,
São rijas mãos de Carpinteiro
Que
quietamente modelam a vida!