Poema de Myrtes Mathias
Senhor,
nesta hora de gratidão e saudade,
eu recordo um milagre Teu.
Eram dez restos de homens que se arrastavam
pelas estradas cobertas de pó.
Desprezados, escorraçados,
abandonados pela sorte e pela humanidade.
E por eles interrompeste uma jornada:
“Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.”
E, porque obedeceram, o milagre aconteceu.
Limpos. Curados.
Readmitidos na sociedade.
Ressuscitados.
Mas só um voltou para Te agradecer,
para dar glória a Deus.
E esse era estrangeiro,
duplo estigma,
menor de todos.
Também em minha vida houve milagre.
Um? Não, muitos.
Por isso quero ser aquela que volta
para agradecer as coisas difíceis,
como milagres;
preciosas como bênçãos;
os acontecimentos do dia a dia,
que chegaram na hora,
que não deixaram de acontecer.
Alguém pode dizer que a natureza
tem leis fixas;
que o acaso contribuiu,
que a sorte foi favorável.
Eu prefiro pensar que tudo foi um presente,
que tudo veio de Ti.
É por isso que volto para agradecer
o milagre de cada dia vivido,
as oportunidades e os privilégios;
os risos e as lágrimas,
cada um, presente Teu.
Sim, Senhor, é por isso que estou aqui,
para dizer-Te, ajoelhada:
Obrigada, Senhor, muito obrigada
por tudo quanto me deste
e pelo privilégio santo
de, menor de todas,
dirigir-me a Ti.
QUEM ME SEGUE
SEJA BEM-VINDO AO MEU BLOG
"O Senhor te abençoe e te guarde,
O Senhor sobre ti levante o seu rosto ...
e te dê a Paz."
O Senhor sobre ti levante o seu rosto ...
e te dê a Paz."
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
Enquanto és Jovem
Poema de Myrtes Mathias
Quando na cidadela de tua alma
se digladiam a voz da consciência
e a atração do mundo,
nessa batalha tão mais terrível
porque travada no silêncio e na solidão,
Alguém participa de tuas lutas,
compreende tua limitação.
Quando estendes a tua mão direita
para fazer alguma coisa boa,
sem que o saiba tua mão esquerda,
Alguém vê teu gesto e abençoa.
Ainda é o mesmo, Aquele que no templo
olvidou ruídos e sábios fariseus,
para abençoar duas moedas
que caiam no gazofilácio,
como um hino no coração de Deus.
Não te preocupes a opinião do mundo,
à tua própria opinião;
entrega teus bens e tua vida,
duas pobres moedas diante dos homens,
preciosas para Aquele que vê o coração.
Acende tua chama e parte a iluminar o mundo,
enquanto és jovem,
enquanto tua luz tem mais fulgor.
Deus te deu a salvação e a liberdade;
distribui esses bens com a humanidade:
Amor se paga com amor.
Se a ordem for gastar os teus talentos
entre gente estranha que nunca te agradecerá,
para enxugar teu suor e tuas lágrimas
os teus passos Alguém precederá.
Se lá vieres a morrer incompreendido,
em nome desse ideal, sem um adeus,
Aquele que te viu e guiou em cada passo,
trocará tua renuncia e teu cansaço
por um lugar de honra entre os heróis de Deus.
se digladiam a voz da consciência
e a atração do mundo,
nessa batalha tão mais terrível
porque travada no silêncio e na solidão,
Alguém participa de tuas lutas,
compreende tua limitação.
Quando estendes a tua mão direita
para fazer alguma coisa boa,
sem que o saiba tua mão esquerda,
Alguém vê teu gesto e abençoa.
Ainda é o mesmo, Aquele que no templo
olvidou ruídos e sábios fariseus,
para abençoar duas moedas
que caiam no gazofilácio,
como um hino no coração de Deus.
Não te preocupes a opinião do mundo,
à tua própria opinião;
entrega teus bens e tua vida,
duas pobres moedas diante dos homens,
preciosas para Aquele que vê o coração.
Acende tua chama e parte a iluminar o mundo,
enquanto és jovem,
enquanto tua luz tem mais fulgor.
Deus te deu a salvação e a liberdade;
distribui esses bens com a humanidade:
Amor se paga com amor.
Se a ordem for gastar os teus talentos
entre gente estranha que nunca te agradecerá,
para enxugar teu suor e tuas lágrimas
os teus passos Alguém precederá.
Se lá vieres a morrer incompreendido,
em nome desse ideal, sem um adeus,
Aquele que te viu e guiou em cada passo,
trocará tua renuncia e teu cansaço
por um lugar de honra entre os heróis de Deus.
domingo, 1 de novembro de 2015
SUBIMISSÃO
Esta é a hora do obrigada apesar de...
Obrigada pela graça da submissão
que faz aceitar,
sublimar,
transformar num poema a dor que aflige.
É bom sentir Teu cuidado
de Pai severo e amoroso,
guiando filha pequenina e frágil.
Obrigada pela graça da submissão
que faz aceitar,
sublimar,
transformar num poema a dor que aflige.
É bom sentir Teu cuidado
de Pai severo e amoroso,
guiando filha pequenina e frágil.
Que importa eu chore?
“Jesus chorou.”
Um dia serei brilhante lapidado na Tua mão.
As pedras sofrem até tornarem-se cristalinas,
maravilhosas,
dignas de um Rei.
Sim, um dia chegarei a decorar,
assimilar,
gravar com lágrimas,
a frase linda que Teu Filho nos legou:
As pedras sofrem até tornarem-se cristalinas,
maravilhosas,
dignas de um Rei.
Sim, um dia chegarei a decorar,
assimilar,
gravar com lágrimas,
a frase linda que Teu Filho nos legou:
“... para servir, não para ser servido...”
Sim, um dia tudo será perfeito
e este coração, que sonha,
desencanta-se
e sofre,
não chorará mais,
não terá necessidade de correr em busca do seu Autor,
que tudo vê,
tudo pode
e a todos consola.
e este coração, que sonha,
desencanta-se
e sofre,
não chorará mais,
não terá necessidade de correr em busca do seu Autor,
que tudo vê,
tudo pode
e a todos consola.
Que importa o presente,
quando se tem uma esperança linda?
quando se tem uma esperança linda?
Por tudo isto,
mesmo sem compreender:
mesmo sem compreender:
- Obrigada, “Pai nosso, que estás nos céus,
seja feita a Tua vontade...”
seja feita a Tua vontade...”
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Eu me rendo
Eu me rendo aos teus pés
Porque o Teu sacrifício
foi a maior demonstração
de amor por mim.
Eu me rendo aos teus pés,
Pois não há outro Deus como Tu,
Que já me amava,
Pois não há outro Deus como Tu,
Que já me amava,
antes que eu existisse.
Isso mesmo,
Isso mesmo,
antes da fundação do mundo.
Então me rendo aos teus pés,
Pois tu me conheces por dentro,
Tu sabes os meus pensamentos,
Me rendo, me prostro aos teus pés.
Pois tu me conheces por dentro,
Tu sabes os meus pensamentos,
Me rendo, me prostro aos teus pés.
Em: 25/5/2014
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
O GAROTINHO PERDIDO
Myrtes Mathias
A primeira interrogação foi a de todos os dias:
- Joãozinho...
Joãozinho está aí?
Mas Joãozinho não estava na casa ao lado,
Nem na outra,
Nem na outra.
Panelas foram esquecidas ao fogo,
O pai chegou, pensou em palmadas
E não voltou para o trabalho.
A vizinhança toda saiu à rua,
O telefone começou a tocar
Para todos os lugares possíveis
E impossíveis de ser encontrado
O pequeno fugitivo.
A rua transforma-se em palco
De medo e angustia,
Um sabor de tragédia pairando no ar.
Tudo porque um pedacinho de gente,
De rosto sardento
E short quadriculado
Encontrara o portão aberto
E resolvera conhecer o mundo.
Onde o teria levado
Sua pequena cabeça de cinco anos?
Talvez nem se lembre de que há horas
Mamãe e papai só sabem chorar e repetir:
- Onde estás filhinho?
Onde estás?...
E, no meio do desespero,
Uma inspiração atravessa a mente
Do pai aflito.
Quase sem folego, chega à delegacia:
- Seu guarda, por acaso...
Mas nem termina a frase,
Sobre o banco,
Sinal de lágrimas no rostinho sujo,
Está o pequeno fugitivo.
Ele nem pensa em palmadas
Quando se curva para toma-lo nos braços,
Apenas na alma um gosto do céu,
De tesouro encontrado.
A criança abre os olhos,
Murmura “papai”
E aninha no ombro paterno a cabecinha,
Para dormir melhor.
É assim no céu desde o princípio,
Desde quando o homem se perdeu;
-Onde estás meu filho? O Pai procurando
E Jesus com a vida convidando:
- Volta; fugitivo, o céu ainda é teu.
Talvez estejas irreconhecível,
Filho ingrato que o mundo quis levar,
Mas o Pai pelo nome conhece,
Perdoa tua culpa, todo mal esquece
Pela alegria de te encontrar.
Por que insistes na tola vaidade,
Preso a uma estrela de tão falso brilho?
Como podes fugir, indiferente,
Tendo um Pai que chama docemente:
-Onde está, Meu filho?
Onde estás, Meu filho?
sábado, 28 de março de 2015
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