“Pois o SENHOR teu Deus te abençoou em toda a obra das tuas mãos; Ele sabe que andas por este grande deserto; estes [quarenta] anos o SENHOR teu Deus esteve contigo, coisa nenhuma te faltou”.
Quarenta anos não são quarenta dias,
Não são quarenta horas,
Nem são quarenta semanas.
Vi a vida correr velozmente,
Vi meus cabelos embranquecerem,
Vi as primeiras rugas marcarem meu rosto.
Vi minha mocidade esvair-se
Por entre os dedos,
Como num sonho.
A força que me resta
Será gasta nos anos que ainda virão?
Não sei.
Deus o sabe e sabe bem.
Afinal Ele detém em suas mãos
A vida e a morte.
Quarenta anos, chegaram rápido,
Sem muito barulho, sem pompa,
Sem brilho, quase sem sorriso...
O sol está quente, lá fora,
Mas é inverno
No meu coração.
Há um pranto escondido n’alma,
Por razões que Deus conhece
Que não se explica, vive-se.
Será que seria esse o vale
De sombras da morte
Que o salmista Davi fala?
Estou aqui Senhor,
Cumpra-se o Teu querer.
Tua soberana vontade.
Derramando-me em lágrimas,
Prostro-me aos Teus pés,
Como Madalena.
Não tenho um perfume raro,
Não tenho cabelos longos,
Prostro-me, em adoração a Ti, por tudo.
Não tenho quase nada,
Pois até a vida não é minha
É tua, toda tua.
Por que quarenta anos não são quarenta dias,
Não são quarenta semanas,
São muitos dias.
Manacapuru 13/07/2003
Meu pai continua doente (ele sofreu um AVC no dia 02/05). A Elane, que cuida dele também está doente.
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