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terça-feira, 10 de maio de 2011

VOLTA!

Por Kézia Sotero
Extraído da Revista A Seara nº 135 - Junho/1976

Você sempre acreditou que Deus existe. Quando nasceu seus pais já eram membros da Igreja. Seus primeiros passos foram, praticamente, dentro de um templo evangélico. Quando começou a falar, no seu minúsculo vocabulário estavam incluídas algumas palavras que ouviu na Igreja ou eram pronunciadas por pessoas de sua própria casa.
Jesus - o nome que sempre ouviu! Você sabia que era importante, poderoso; mas, depois se confundia apenas com o nome: O homem do ar marinho da esquina também se chamava Jesus!?... E se perdia em indagações: o que é alma? O que é céu? Salvador de que e para quê? Quem era Jesus???
Ir à Igreja se constituia obrigação. Passar mais de 2 horas sentado num banco incômodo, ouvindo um pregador falar coisas que muitas vezes nem entendia era tedioso demais. E imaginava: "Quando eu crescer e puder fazer o que quiser, não vou mais viver esta situação. Vou satisfazer apenas minha vontade (que ainda nem sei qual é), só sei que não é a de estar aqui, não podendo ir brincar lá fora ou sequer conversar com o amiguinho do lado.
Você cresceu. Continuou sabendo que Jesus é o Salvador. Era muito comum ouvir dizer isto! Mas pouca importância dava a este assunto. Aquele seu pensamento de nunca mais ir ali não perdurou. Continuou frequentando o ambiente evangélico, até tomando parte em alguma atividade da mocidade! Mas a sua atitude "tão santa" era apenas externa, social. Continuava desconhecendo Cristo, o Amigo, o Pai, o Salvador! A sua alma, pacientemente, aguardava você decidir-se fazer algo para que ela não fosse para o inferno. Já atingira a idade adulta e sequer tentava compreender: alma e salvação. Estava mais ou menos contente, pessoas amigas lhe consideravam (e até admiravam...).
Até que um dia começou a haver terremotos em sua vida. Um abalo daqui, outro ali. E as ruínas foram crescendo. E na catástrofe maior você gritou e só ouviu o próprio eco, por entre os escombros do que lhe restou. Então resolveu acabar com sua vida... Mas um gemido moribundo chegou aos seus ouvidos: "Quem se mata não tem mais alternativa, vai direto para o inferno". Sim, foi esta pequena lembrança de um sábio conselho que lhe fez chorar e apelar para Deus. E fez a primeira oração sincera em sua vida: "Deus, eu não amo Jesus e não o tenho por meu Salvador, pois não consigo entender o significado destas coisas. Eu creio nos Teus milagres; e faz um em mim agora. Transforma a minha maneira de pensar. Eu quero Jesus por meu Salvador, não quero só por medo de ir para o inferno, mas quero amá-Lo de do o meu coração."
Aí então tudo mudou. Na vida aconteceu algo extraordinário, impossível de ser descrito. (No idioma de vocabulário mais rico não se encontra palavras que expressem a felicidade que vem do céu!).
A alegria era uma constante em seu viver. Quando surgia problemas eram resolvidos com facilidade. Chegou até a ajudar outros com conselhos!...
Até que cometeu um terrível erro: olhou para trás! Na verdade não sentiu saudades do que já fez de errado. Sentiu-se ridículo: "Oh! não! a Igreja é muito santa para que eu possa fazer parte dela!" E fugiu!... Saiu sofrendo muitíssimo, tateando por escuros e úmidos corredores. Mas antes ade cair para sempre num calabouço, devo lembrar-lhe de que Jesus está com você. Sempre esteve e nunca lhe deixará só. "Aquele que te guarda não tosquenejará."
Volte para Cristo. Não queira regredir, lembrando-se dos pecados cometidos. Foi Jesus Cristo quem lavou o seu coração, tornando-o branco como a neve. Não pretenda sujá-lo novamente. Ninguém é mais crente ou mais "santo" do que o outro. E todos são humanos!... Todos estão lá na Igreja pela misericórdia de Deus! É o Todo-poderoso que protege os Seus filhos. Prossiga nos caminhos do Senhor com toda a dedicação e sinceridade, olhando somente para Jesus Cristo, o Seu Salvador. Se ama Jesus, prove isto! Retorne ao convívio com os seus irmãos. E pise firme que aquele "chão" também é seu.
"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro." Isaias 43.25

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