Poema de Mário Barreto França
Extraído do livro A Poesia do Natal Antologia
Organizado Sammis Reachers
Toda a bondade, toda a esperança,
Que anima o velho e exalta a criança
No mesmo ideal,
Vem do teu berço, divino Mestre,
Que marca a nova era terrestre
No teu Natal.
Em qualquer parte do mundo inteiro
Há sempre um templo, sempre um pinheiro,
A anunciar
Que tu nasceste para que o mundo
Tivesse o ensejo grato e fecundo
De se salvar.
Em todo lábio que te agradece
Mais doce é o hino, mais santa é a prece,
Mais pura é a voz,
Pois nesta noite nasces de novo
Para a alegria de todo o povo,
De todos nós...
Ai! Quem me dera, Jesus bendito,
Que todo o mundo cansado e aflito
Quisesse ouvir
O teu apelo de todo o ano,
Para despir-se do ódio humano
E te seguir;
Seguir a estrela do teu ensino
Para tornar-se como um menino,
Que te bendiz
Na sua doce e casta alegria,
Na sua ingênua sabedoria
De ser feliz.
Que a tua nova, serena e boa,
Encha de graça cada pessoa,
Seja quem for;
Que na amargura mostre um sorriso,
E ache a promessa de um paraíso
No teu amor.
Noite de bênçãos feliz e linda,
Que o teu luzeiro rebrilhe ainda,
Rebrilhe mais,
Glorificando a Deus nas alturas,
E unindo todas as criaturas
Na tua paz!
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